16 junho 2013

L – Lembranças


Pois as fotos têm uma solução trabalhosa mas óbvia: digitalizadas ocupam muito menos espaço. Já agora ao digitalizar são selecionadas e identificadas. O tal trabalho para o qual nunca tínhamos tempo passa a ter um novo objetivo associado e vai-se fazendo.

Minimizar a quantidade de coisas a cuidar também nos dá um novo tempo livre.

Há ainda as prendinhas e aquelas lembranças que compramos porque eram souvenires de onde fomos, os bibelots que se vendem ou dão-se para quermesses e rifas, os mapas desatualizados que se deitam fora.

A propósito de lembranças, no outro dia destralhava (adicionei o verbo ao vocabulário do corretor ortográfico…) eu dei com um lenço de homem sem uso (ainda com aquela goma de compra) com uma rosa seca lá dentro e pensei quem me deu esta rosa? Porque a guardei?

É verdade que se aos 20 nos lembramos bem do que nos aconteceu mas tarde temos alguma dificuldade de nos lembrarmos de tudo. Assim verifiquei que não chega guardar a lembrança sem algo que a identifique. Podemos então fotografar a tal “coisa” e pôr-lhe uma legenda fazer um “diário” para quando precisarmos de lembrar as coisas boas da vida.


Ao fim de uma semana, depois de a rosa estar no lixo e o lenço lavado, lembrei-me! Foi o Eduardo que me deu a rosa. Ah! o Eduardo! Que grande paixão! Que saudades! Imaterializada a “lembrança” traduziu-se em sentimentos, sensações.