Ficou-me a frase “estar menos
preso às coisas.”
Porque nos prendemos às coisas, que
ligação é esta que nos diz aquilo dou, aquilo vendo, mas aqueloutro fica?
Estou esvaziando uma estante que
me é preciosa, numa casa puramente minimalista a estante não teria lugar mas eu
sei que ela vai ficar. Porque ser minimalista não é ser radical é também
respeitar o valor que as coisas têm, seja pela tradição, seja valor financeiro,
seja mesmo o valor afetivo.
Falam-me em fotografar. Não é a
mesma coisa, precisamos de tocar de sentir de manter viva a coisa. Sei que não
vou ficar com livros suficientes para a encher, mas claro que lhe irei dar uma
nova utilização, é tudo uma questão de criatividade. Mesmo as poucas coisas
pequenas que manterei vão precisar de um lugar para arrumar.